The Oxford Murders

Comentário:

Uma série de assassinatos ocorre em Oxford, e um aluno, juntamente com o seu enigmático professor, tentam descobrir quando e onde os próximos crimes acontecerão, e assim evitá-los.Fazia um tempo que não ficava “preso” ao sofá, sem tirar os olhos da tela do início ao final do filme…Filme inteligente, roteiro muito bem elaborado…Na verdade não estava esperando por muita coisa, mas se tornou uma agradável surpresa.
Alex De La Iglesia é natural de Bilbao e graduado em Filosofia, sempre foi um dos meus realizadores favoritos, presenteando-nos com obras como El Dia De Bestia, Acción Mutante, La Comunidad e Crimen Ferpecto, filmes que sempre marcaram os festivais por onde passaram, dando a Alex o estatuto de realizador de culto, admirado por muitos (Tarantino, Almodóvar), que eu recomendo a qualquer um.
Agora e pela primeira vez o cineasta vai realizar um filme em inglês. The Oxford Murderes, baseado na obra premiada do escritor argentino Guilermo Martinez com o mesmo nome. Ambientado em Oxford, desenrolando uma trama de suspense, mistério e assassinato ao bom estilo dos romances policiais de Agatha Christie e Arthur Conan-Doyle. O filme começa com o 1º daquele que será uma serie de assassinatos, espalhando o mistério entre o espectador e as personagens envolventes e aliando o mistério á lógica e matemática.
As prestações do elenco e a fotografia são perfeitas. O filme conta com a presença de John Hurt (Arthur Seldom), um matemático com uma personalidade e com um poder de argumentação e persuasão surpreendente, e Elijah Wood (Martin) um estudante americano que vem fazer uma tese sobre Seldom, que fica intrigado com o assassinato da sua nova inquilina. A dupla funciona perfeitamente neste romance policial, os discursos de Hurt soam como música para os nossos ouvidos, e Wood prova mais uma vez que já não é nenhum menino, neste filme carregado de mistério, camuflado pela lógica e pelo acaso, e capaz de nos trocar as voltas desde o primeiro até ao ultimo instante.
É um filme que capaz de enganar e seduzir o espectador vezes sem conta, fazendo-nos lembrar de clássicos como Poirot, ou Sherlock Holmes, tudo retratado com a filosofia da lógica e matemática num ambiente enigmático, audacioso e cruel .