A INFÂNCIA DE NIETZSCHE

Episódio I.
Desde a “epigênese de sua infância”, o jovem Frederico_ vulgo NNN (Nie Nichts Niééétskyyy, em bom alemão:“Nunca...Nada...Niéé...”)_ sofria a influência nefasta de Saturno (o tempo soturno?) convergindo com Urano (Oh, céus! Humano?) na corcova da zona crepuscular da constelação valorativa do Camelo (que cargas o tragam! Alguém já ouviu falar?), aproximando-se do furioso signo de Leão (este revoltando-se contra os valores astrológicos em geral) e indo para a terceira fase da “criança cósmica” que residiria entre a loucura e a razão de Dionísio e Apolo, respectivamente. A exarcebação da argúcia e da sensibilidade autêntica em seu espírito, pela essência filosófica nele instilada no “salão de espera” pré-encarnatório, revestiu-se de uma alusão platônica. Quando troteava na “parelha alada” de sua alma no arco maior ideal que permitia contemplar os deuses, viu Febo triste e lhe mostrou um dedo (o anular, em riste) e, com um riso de chiste, Baco lhe arremessara uma taça de vinho olímpico. Quando Nietzsche nasceu, nu e trêmulo diante de um mundo estranho, percebeu logo que era “Humano Demasiado Humano”. Entremeio a vagidos, em que já antecipava seu leonino rugido, lobrigou com admiração o enorme e eriçado bigode do cirurgião maieuta que lhe trouxera ao “palco” do mundo; seguido ao que pensou, com a linguagem adâmica inata dos “estreantes”: “__Por quais estrelas fomos conduzidos um ao outro? Mas que belo bigode!!!”. Não obstante, estava perplexo com o horizonte assustador que se lhe descortinava; sem, portanto, compreender por que nascera, indagou-se: “Qual a Origem desta Tragédia?”.
Seu herói favorito (e precognitivamente vislumbrado) era o Super-Homem, mas, estranhamente, ele o antevira como uma criança luminosa a recriar o mundo com sua atitude de liberdade superior. Em seu primeiro lampejo de religiosidade, a despeito dos influxos “protestantes” de sua família, descobriu-se zoroastrista; contudo, ao acender o “fogo sagrado” para adorar Ormuzd e Arimã, queimou-se bastante, porquanto chutou a lenha incandescida e estrilou: “__Se Assim Falou Zaratustra, prefiro estar Para Além do Bem e do Mal”.